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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Velocidade x Versatilidade...

Há quem prefira ouvir aqueles solos que mal entendemos o que está sendo fraseado. Eu particularmente prefiro ouvir músicas onde a velocidade seja usada de modo consciente e de preferência não de maneira constante. É claro que tudo é uma questão de gosto e a intenção desse novo post não é levantar o que é certo ou errado. Mas sim, dar uma luz a essa nova geração de guitarristas que estão chegando e acreditam que para serem bons guitarristas precisam comprar os DVD’s do Kiko Loureiro, Yngwie Malmsteen, Michael Angelo Batio e se trancarem no quarto para estudar durante 2 anos sem parar para alcançarem a “perfeição” da guitarra. Nada contra quem pensa desse jeito e nem contra o Kiko. Mas acredito que antes de se atingir umas velocidades elevadas na execução de seus solos existem outras prioridades a serem consideradas.
O primeiro ponto que se deve levar em consideração é; A velocidade mal executada pode acabar com o feeling do seu solo. De nada adianta você conseguir executar um solo apenas em 200bpm e se acontecer de tocar com uma banda que executa a música em 160bpm você continuar em 200. Ou até mesmo na situação inversa. Tocar em 160bpm e a galera da sua banda executar em 200bpm. Parece exagerado, mas não é. Conheço guitarristas assim.
Segundo ponto; O Feeling. Muitos guitarristas até tem uma velocidade bacana, mas fraseado... Tz tz... O cara pega pra improvisar encima de um Smooth Jazz e já sai fritando as escalas menores harmônicas que ele aprendeu de tanto que ouviu Malmsteen. Nada contra, mas mesmo assim ainda prefiro o uso consciente da velocidade. De certa forma, isso influencia muito no feeling do seu solo. (Joe Satriani,Eddie Van Halen, John Mayer, Eric Clapton, Steve Ray, Andy Timmons, Eric Johnson e mais uns 40 guitarristas que eu poderia listar aqui que nos digam).
Terceiro ponto; Definição no que está sendo feito. Nesse ponto não existe nem o que se discutir. De nada serve o cara fazer 45 notas por segundo sendo que não conseguimos entender nenhuma direito.
Quarto ponto; (Na minha opinião, o mais importante). Conseguir passar a idéia proposta pela música. Não que exista uma regra, mas pensa  num cara tocando um reggae e um outro aproveitando a base pra solar as escalas menores harmônicas a “trocentos” bpms como o Malmsteen?! Se ele estiver dentro da escala, até casa, mas fica no mínimo incoerente.
Dentre outros pontos que poderia destacar para os novos guitarristas, estes são os que mais influenciam na guerra “Velocidade x Versatilidade” ao meu modo de ver.
Quer improvisar bem? Uma dica que sempre dou aos meus alunos é; “Comece estudando as escalas pentatônicas, arpejos e os modos gregos. Com o tempo, comece a mesclar essas duas possibilidades de escalas. Assim começará a entender o conceito de improvisação. Daí pra frente fica mais fácil. Mas sem bitolar na questão da velocidade”.
Segue um vídeo de um grande guitarrista brasileiro falando um pouco sobre improvisação abordando as técnicas que citei acima (Gustavo Gerra).


Espero que tenham gostado!
___________________________________________________________Até a próxima!